Uma das causas mais comuns de perda do canto neste tipo de aves, deve-se aos ácaros dos sacos aéreos, conhecidos cientificamente como Sternostoma tracheacolum.
Muitos criadores lutam contra a infecção por este parasita, muitas vezes sem sucesso. O ciclo de vida deste ácaro permanece desconhecido, mas acredita-se que a maior contaminação ocorre nos ninhos, onde há a regurgitação dos mesmos, quando do trato dos filhotes. Os adultos geralmente se contaminam pela contaminação da água, alimentos ou mesmo por espirros de aves doentes.
Podemos suspeitar do problema quando temos um grande número de aves com espirros, tosse, corrimento nasal, perda da voz ou alteração da mesma, movimentos da cabeça e ruídos respiratórios.
A mortalidade em geral é baixa, mas a transmissão é lenta e gradual, de forma que, caso não seja diagnosticada rapidamente, poderá contaminar toda a criação.
Caso a infestação seja alta, pode levar a ave a um quadro de pneumonia.
Aconselhamos aos criadores que, em qualquer alteração da voz das aves é interessante investigar detalhadamente, e nunca medicar sem um diagnóstico feito por um médico veterinário especialista em aves.
A melhor hora do dia para a detecção de ruídos respiratórios é à noite, quando devemos nos aproximar dos viveiros ou gaiolas e observar atentamente se as aves respiram normalmente. Os ácaros podem ser encontrados fácilmente na traquéia das aves e nos sacos aéreos. O tratamento mais indicado atualmente para o problema é a ivermectina, cuja dosagem deve ser prescrita pelo médico veterinário, como também o modo de aplicação.
A prevenção para o problema às vezes é difícil pois, nunca sabemos se estamos adquirindo um ave infectada, antes da mesma apresentar sintomatologia.
De maneira geral as normas de higiene e manejo correto na criação sempre é recomendado.
Escrito por: Maria Célia Monteiro